Investimento inicial foi de apenas R$ 10 mil para montar um escritório.
Hoje a empresa tem 137 funcionários e atende 16 condomínios.
Nas grandes cidades, cresce, a cada dia, o número de condomínios que
são verdadeiros clubes. São áreas para prática de atividades físicas e
lazer. De olho nesta tendência de mercado, pequenas empresas investem na
prestação de serviços de esporte e recreação nestes espaços para
atender à demanda.
Morar na sexta cidade mais populosa do planeta não é nada fácil. São
Paulo tem quase 11 milhões de habitantes, que possuem 7 milhões de
carros. Assim, muita gente procura morar perto do trabalho, da escola
dos filhos, da academia. Tudo isso, aliado ao problema de segurança,
levou as construtoras a investir num novo tipo moradia: os
condomínios-clube – com ampla área de lazer e convivência.
Atentas a esse mercado, pequenas empresas investem num novo serviço:
dar aulas de esporte e recreação dentro do condomínio. É assim que os
empresários Adriano Borges e Fabio Gandia ganham dinheiro desde 2005.
“Como os condomínios estão sendo entregues com uma estrutura muito
especial para prática de atividades é necessário uma gestão esportiva
para que o condomínio-clube funcione como os condôminos sempre
sonharam”, diz Adriano Borges.
O investimento inicial foi pequeno, de R$ 10 mil para montar um pequeno
escritório. “Aqui é o coração administrativo da empresa, desde a
captação dos profissionais no mercado, a captação dos currículos, o
processo seletivo, a parte do treinamento, até a parte da comunicação
interna em cada condomínio. Imagina que cada condomínio é um clube vivo e
que precisa do seu trabalho, de comunicação, a parte de departamento
pessoal, a parte do controle financeiro, contas a pagar e receber”,
explica.
Os empresários visitaram condomínios e logo apareceram clientes, entre
eles, um residencial na zona sul de São Paulo com seis torres e 336
apartamentos. O condomínio todo tem 35 mil metros quadrados de área,
onde vivem cerca de mil pessoas. No local, eles promovem, toda semana,
32 atividades esportivas e recreativas. Na piscina, por exemplo, tem
atividade o tempo todo.
“A gente consegue atender bem melhor as crianças. A gente pode se
sentir mais à vontade porque eles estão na casa deles, eles têm o
contato dos pais, tal, é bem particular para eles mesmo”, diz a monitora
Katherina Gutierrez.
Além de as pessoas não terem que sair de casa para fazer ginástica, sai
mais barato. O preço varia conforme o número de moradias. No condomínio
da zona sul, o custo é de R$ 120 por mês por apartamento.
“A família tem direito a fazer todas as atividades. Em relação ao preço
do mercado é três ou quatro vezes mais barato, dependendo do número de
apartamentos e da grade que contratam do nosso serviço”, explica Fábio
Gandia.
Para a empresa de assessoria esportiva, o desafio é ter boa logística
de redução de custos. A dica é aproveitar a mesma estrutura e os mesmos
professores para atender o maior número de condomínios.
“Conforme a gente consegue ter o profissional em mais horários e em
mais condomínios, mais fiel ele será à empresa, fica mais bem remunerado
e a empresa lucra melhor”, explica Borges.
Ao todo, a empresa dá mil horas-aula por mês neste condomínio-clube.
Tem a brinquedoteca, onde as crianças andam de carrinho, pintam, montam
quebra-cabeça e escorregam. Os professores também dão aulas de judô e
prestam assistência na lan house do condomínio.
“Tudo o que for preciso aqui dentro eu faço: configurar redes, tirar
vírus... Tudo eu que tomo conta”, diz o instrutor de informática
Guilherme Lopes. Na lan house, os joguinhos no computador concentram as
atenções.
Já a academia de musculação é uma comodidade para adultos. “O horário
que você tem para malhar você acaba descendo e fazendo tudo o que
precisa sem qualquer preocupação”, defende a moradora Juliani Eves.
Em outro condomínio na zona sul de São Paulo que contratou os serviços
dos empresários Adriano Borges e Fabio Gandia também são oferecidas
aulas de pilates e de musculação.
“Sempre que tem um erro assim, que a gente descuida, um abdominal mal
feito que pode prejudicar a coluna, o alongamento muito forçado, eles
estão sempre atentos e vem sempre dar uma orientação”, diz a moradora
Elisa Maria Magela.
Para os empresários Adriano e Fabio, o mercado é pouco explorado e
grande. Hoje a empresa tem 137 funcionários, atende 16 condomínios e dá
mais de cinco mil horas-aula por mês. O faturamento é de R$ 180 mil por
mês e a expectativa é aumentar 50% ainda este ano.
“Vemos crescimento e a ideia é entregar o melhor possível para sempre estar tendo prioridade no mercado”, conclui Borges.
Fonte: PEGN - G1
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