Franquia de moda evangélica fatura acima de R$ 200 mil
Franquia de moda evangélica e corporativa tem faturamento acima de R$ 200 mil (Foto: Divulgação)
Segundo pesquisa publicada em 2013 pelo IBGE, 42,2 milhões de brasileiros são evangélicos. Entre eles, está o casal Simone Carvalho, 27 anos, e Renan Santos, 28. Juntos, eles frequentam a Congregação Cristã que é, de acordo Santos, muito tradicional. “Nós temos que seguir uma série de regras religiosas, e algumas são referentes às roupas que as mulheres devem usar. A moda evangélica inclui vestidos, saias e conjuntos na altura dos joelhos. Calças e bermudas não são permitidas, e as vestimentas devem sempre ter mangas, que cubram os ombros”, explica Santos.
Por conta dessas limitações, sempre que Simone precisava comprar uma roupa nova, eles tinham que passar muitas horas visitando lojas. “Nós até encontrávamos roupas adequadas, mas os modelos eram sempre muito antiquados”, explica. A partir dessa falha no mercado, o casal empreendeu e criou a Saia Bella, uma franquia de moda evangélica e corporativa que hoje tem faturamento acima de R$ 200 mil.
A ideia surgiu em janeiro de 2015, depois de cansarem de procurar roupas em um shopping. Na época, Santos trabalhava como gestor de uma transportadora e Simone era contadora. Antes de começar, no entanto, eles resolveram fazer testes. O primeiro aconteceu em janeiro de 2015. No bairro do Brás, em São Paulo, o casal comprou 80 peças em lojas de atacado para revendê-las a amigos e familiares. “As roupas nos custaram R$ 3,5 mil e, em apenas dez dias, nós vendemos todas as peças e faturamos o dobro do investimento”, diz Santos. O empreendedor complementa que, mesmo com os bons resultados, cada um deles ainda manteve seus próprios empregos. “No fim, isso serviu para percebermos ainda mais que a ideia era boa, pois, mesmo vendendo as peças apenas nos finais de semana, nós conseguimos acabar com o estoque em um tempo muito curto”, diz.
Depois de um primeiro resultado positivo, a dupla decidiu fazer uma tentativa mais ousada em fevereiro. “Nós criamos uma página no Facebook e começamos a colocar imagens das roupas. Publicamos que fazíamos entregas para o Brasil inteiro, via correios. E, para nossa surpresa, em apenas cinco dias, chegamos a mil curtidas na página”, conta Santos.
Os pedidos vinham de todo o país e as peças custavam, em média, R$ 250. “Vendemos cem peças pelo Facebook, mas as compras eram muito informais e a gente precisava de um espaço apropriado para isso”, diz. A solução foi a pagar por uma ferramenta específica para criação de lojas virtuais. “No começo, nós cadastramos apenas 50 peças. Hoje, já estamos com mais de mil itens na loja”, diz Santos. Em abril, Simone decidiu deixar seu trabalho como contadora para se dedicar exclusivamente à Saia Bella. O casal, então, alugou um pequeno escritório no bairro Vila Galvão, na zona oeste de Guarulhos.
A sala era pequena e foi preciso um investimento de R$ 2 mil para organizar o espaço. “Era apenas um cômodo, com banheiro e provador. A ideia era usar o local como centro de operações e também oferecer um showroom para poucas clientes. Por isso, nem fizemos nenhuma publicidade, apenas publicamos o endereço no Facebook. Um dia, formou uma fila para fora da sala com clientes até de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Nessa hora, vi que seria preciso expandir”, diz.
No mês seguinte, Santos resolveu deixar seu emprego e se juntar a Simone. O casal fez planos para abrir uma loja física mais estruturada e investiu R$ 70 mil reais na expansão. Durante esse período, os dois também optaram ampliar um pouco o modelo de negócios da loja e passaram a se apresentar como vendedores de moda evangélica e executiva. “Fizemos isso porque, embora 70% das nossas clientes sejam evangélicas, temos outros 30% de compradoras que buscam nossas roupas quando precisam de algo mais formal para vestir”, explica Santos. Em novembro, com promoções para Black Friday, a Saia Bella teve seu pico de vendas, com faturamento de R$ 220 mil. Parte desse sucesso se deu à fidelidade das clientes que, segundo Santos, costumam voltar à loja para comprar uma nova peça a cada 20 dias.
A loja foi inaugurada em agosto de 2015 e Santos esperava vender R$ 25 mil em peças no primeiro mês. “Nós conseguimos vender o dobro, e aquilo fez eu perceber que o nosso negócio era franqueável”, diz. Eles contrataram uma empresa para formatar a franquia. Como parte do planejamento das franquias, o casal investiu R$ 40 mil na adaptação de um centro de distribuição. O espaço levou apenas um mês para ficar pronto e é utilizado para estoque e despacho das peças compradas online. “Com a abertura das franquias previstas para esse ano, vamos utilizar esse centro na organização dos estoques de cada uma”, diz Santos.
A primeira franquia da Saia Bella foi vendida em abril de 2016, por R$ 95 mil. A unidade deve ser aberta em julho no distrito de Alphaville, próximo a São Paulo. Segundo Santos, a previsão para este ano é que mais quatro lojas da Saia Bella sejam inauguradas. Três delas em São Paulo, sendo uma franqueada e duas próprias, e outra em Pernambuco. “Depois de São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro são os estados com mais compradores, por isso estamos negociando uma loja no Nordeste”, diz Santos.
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Fonte: PEGN - G1 / Foto: Divulgação.
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