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Loja Online para Mulheres Fatura 1 MILHÃO

 A Dona Coelha, de Natali Gutierrez, fatura R$ 1 milhão por ano


Segundo Natali Gutierrez, o principal diferencial do Dona Coelha é o seu atendimento personalizado. (Foto: Divulgação)

A vida profissional de Natali Gutierrez, como de muitas outras mulheres no Brasil, não foi fácil. Competência não era um problema para a especialista em relações públicas; o que tornava seu trabalho difícil era o machismo no ambiente coorporativo. Mas ela conseguiu tirar forças dessas situações horríveis. Hoje, Natali é dona de um e-commerce de sucesso de produtos eróticos.


Batizada de Dona Coelha, a loja virtual faturou R$ 1 milhão em 2018. A empresária agora planeja dobrar esses números em 2019. Segundo ela, o segredo do sucesso é o atendimento personalizado, que foca em superar preconceitos e inseguranças das clientes.

O negócio, que começou sendo tocado diretamente da casa de Natali, agora conta com um escritório próprio localizado na Zona Sul de São Paulo. O modelo de negócios continua o mesmo, com os produtos sendo vendidos online e as entregas realizadas por meio de serviços postais.



Raízes simples

Com um emprego estável na área de comunicação, Natali Gutierrez (também conhecida como “Nat”) nunca pensou em empreender. Mas tudo mudou em 2011, quando ela notou que, assim como grande parte das mulheres, sentia-se extremamente desconfortável na hora de comprar produtos eróticos.

Os problemas começavam na organização das lojas e, acima de tudo, no péssimo atendimento. Ela comentou sobre isso com seu marido, o administrador de empresas Renan de Paula, e a conversa se desenvolveu para assuntos como sexualidade e empoderamento.

Surgiu então a ideia de começar um blog que abordasse esses temas. O assunto abordado girava, na maioria das vezes, sobre o mercado de artigos eróticos. Com base em suas experiências pessoas, Natali dava dicas de como escolher os produtos. 





Hoje em dia, Nat também mantém um canal no YouTube com dicas de produtos eróticos. (Foto: Divulgação)

A iniciativa teve sucesso e ela começou a receber mensagens de leitoras indagando onde elas poderiam comprar os produtos. Foi aí que o bichinho do empreendedorismo mordeu Natali. O mercado se mostrava promissor e ela já possui-a um portfólio de clientes em potencial. Por que não explorar esse meio?

Foi então que a Dona Coelha nasceu. Com um investimento inicial de R$ 600 (destinado em sua totalidade para a compra do estoque), Natali começou a vender óleos e fragrâncias afrodisíacas para seus conhecidos. As transações eram realizadas entre com seus colegas de trabalho, amigos e familiares. Todo dinheiro levantado era reinvestido no negócio.

O cálculo dos preços era feito com base em uma análise de mercado feita pela empresária. Ela notou que, em geral, os produtos eram vendidos por preços muito elevados em sex shops convencionais.

Com base nessa avaliação, seguramente era possível aplicar uma margem de 100% nos valores cobrados pelos fornecedores e mesmo assim continuar com preços acessíveis para suas clientes.

Expandindo os negócios

Conforme o tempo passava, a demanda por produtos não parava de crescer. Foi então que Natali resolveu tornar o negócio mais organizado. Começou assim a loja virtual da Dona Coelha.

A linguagem moderna da plataforma e a variedade de produtos tornaram da iniciativa um  sucesso.

O público era gerado em sua maioria por leitores de seu blog, Instagram e canal no YouTube. O negócio também ganhava popularidade por meio do 'boca a boca', com clientes recomendando o site para seus amigos.

Já o perfil das clientes era formado majoritariamente por mulheres de 25 até 50 anos. Segundo uma pesquisa realizada pela empresa, 45,2% delas nunca havia feito uso deste tipo de produtos. O principal motivo para isto, de acordo com Natali, era cultural. Muitas de suas clientes também relatavam constrangimento em usar tais “brinquedos”.

Segundo Nat, a pesquisa condiz com a postura que a sociedade atual tem em relação a estes produtos, que é visto com maus olhos. “Estamos no século XXI, mas o mundo ainda é muito machista”, desabafa.

O machismo no ambiente corporativo
E o machismo era algo que Natali sentia na pele praticamente todos os dias. A Dona Coelha era um negócio tocado paralelamente com seu trabalho formal, onde a comunicadora não se sentia confortável.

De acordo com ela, seu trabalho era constantemente reduzido por seus superiores. Já funcionários homens – mesmo quando apresentavam resultados exatamente iguais aos seus – eram exaltados.

Até que chegou um dia que, em meio a comentários desagradáveis e o clima pesado, Natali tomou uma decisão. Pediu demissão do emprego e começou a se dedicar integralmente ao seu empreendimento.


 Com o aumento do negócio, Natali apostou em mais variedade de produtos para suprir a demanda. (Foto: Divulgação)

Essa experiência desagradável ajudou a agregar missões que, para Natali, ditam a essência da marca: combater o machismo e o preconceito.

Atendimento personalizado

A postura da fundadora tem um impacto direto no atendimento da marca. Grande parte das clientes entra em contato com a Dona Coelha pedindo conselhos. Todos os e-mails são respondidos pela própria Natali, que analisa cada solicitação e indica produtos de acordo com os gostos e necessidades da cliente.

“As mulheres que chegam até nós se sentem tranquilas de expor suas opiniões e preferências. Elas podem dizer o que realmente querem e gostam sem o medo de serem julgadas”, conta a empreendedora.

O modelo de negócios segue a linha de revenda. Natali mantém uma lista de fornecedores, de onde compra os produtos e mantém em estoque. As entregas seguem em três modalidades: via serviços postais, entrega direta em casa (para moradores de São Paulo e região) ou retirada no escritório da empresa.

A Dona Coelha atualmente conta com uma equipe enxuta. As áreas de TI e publicidade ficam a cargo de Renan de Paula; o atendimento ao cliente, distribuição, produção de conteúdo e gerenciamento de estoque é responsabilidade de Natali e uma funcionária cuida do caixa da empresa.


Natali Gutierrez não exclui a possibilidade de aumentar seu quadro de funcionários futuramente. Segundo a empreendedora, apesar da expansão, manter a cultura e os valores da empresa continuará sendo uma prioridade.
“Eu quero que as pessoas tenham orgulho de conhecer o próprio corpo. E eu quero que a Dona Coelha seja associada a isso”, explicou. 

Confira todos os vídeos de Natali Gutierrez lá no YouTube. 

Busque por (dona coelha)

 


Fonte: PEGN - Fotos: Vídeo captura Portal G2
Postado por: Dicas de Negócios PME e PortalG2 - https://portalg2.com.br


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